História Local e Regional







Roteiro 1: de Guarda a Sabugal 



Guarda





A Guarda dispõe  de um vasto património cultural e arquitetónico, na sua maioria, situado no centro histórico da cidade, entre os quais se destaca a Sé Catedral, o Castelo e a Judiaria da Guarda. 







I. Sé Catedral da Guarda 



Nos finais do século XII, o lugar onde se ergue a cidade era ermo. Foi povoado por ordem de D. Sancho I que lhe concedeu, em 1119, o foral, regalias e obteve do papa Inocêncio III a transferência da sede do bispado em Egitânia para a cidade da Guarda, impelindo à construção imediata de uma nova catedral. Da original construção, de estilo românico, hoje nada resta. Uma segunda Sé seria mandada construir por D. Sancho II defronte da Torre dos Ferreiros, local onde atualmente se situa a Igreja da Misericórdia. Concluída no século XIV, haveria de ser destruída na ocasião da reforma fernandina das muralhas por se situar fora delas e como tal dificilmente defensável em caso de guerra, temendo-se a conquista da cidade por Castela.


A construção da atual Sé remonta ao século XIV, possivelmente a 1390, altura em que se construíram os alicerces. Estávamos no reinado de D. João I - D. Fernando morrera sem cumprir a promessa de edificar uma nova Sé dentro do perímetro amuralhado da cidade - sob o bispado de Frei Vasco de Lamego, as obras terão começado pouco depois do início da construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Batalha) recebendo alguma da sua influência arquitetónica.

A imponente obra só foi concluída no século XVI, reinado de D. João III, na época do bispo D. Pedro Gavião, sob a direção de mestre Boitaca e dos dois Henriques (Pêro Henriques e Filipe Henriques), filhos de Mateus Fernandes, arquiteto da Batalha. 


Assim, sendo um monumento construído ao longo de mais de 150 anos, foi marcado tanto no seu exterior como interior por um conjunto de formas arquitetónicas e artísticas que vão desde um românico tardio (a planta e as torres sineiras, lembrando torres militares), passando por um gótico do ciclo da arquitetura com soluções ornamentais dentro do gótico flamejante, e acabando já nos inícios do século XVI, por utilizar na conclusão do seu estaleiro arquitetónico uma série de técnicas tardo-góticas, correspondentes àquilo que a historiografia da arte designou como "estilo manuelino".






Fachada Principal (Oeste) da Sé Catedral da Guarda




(Fonte) Imagem retirada do seguinte endereço eletrónico:
 https://www.flickr.com/photos/leonelbras/3796964728, consultado em 8 de novembro de 2016, às 12 horas.



A fachada principal quebra-se entre duas torres sineiras de forma octogonal e base quadrangular. O frontão é encimado por um friso triangular. Sobre o portal, manuelino, rasga-se um óculo.




Portal Lateral Norte da Sé da Guarda



(Fonte) Imagem do exterior da Sé Catedral da Guarda retirada do seguinte endereço eletrónico: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S%C3%A9_da_Guarda_-_Fachada_Norte.jpg, em 5 de novembro de 2016, às 20 horas.


Na fachada norte sobressai o portal, joanino, com capitéis de estilização vetal. As arquivoltas são encimadas por um arco decorado e rematado por flores-de-lis. O portal é preenchido ainda por seis arcadas cegas, alguns metros acima rasga-se um janelão manuelino, emoldurado por um friso em meia-cana, ladeado por colunas retorcidas. 





Escultura do Rei Dom Sancho I, "O Povoador"



(Fonte) Imagem da estátua de Dom Sancho I retirada do seguinte endereço eletrónico: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S%C3%A9_da_Guarda_-_Fachada_Norte.jpg, em 5 de novembro de 2016, às 20 horas. 





O interior é de planta em forma de cruz latina, composta por três naves de cinco tramos suportadas por esbeltas colunas cruciformes com meias colunas adossadas, sendo a cabeceira formada por três capelas poligonais. A magnifica nave central é coberta por uma abóbada de cruzaria de ogivas, cobertura essa que também se observa nas naves laterais. 









Aspeto da Nave Central
















Abóbada da Nave Cruzeiro 







Do seu interior, para além da austeridade de construção destaca-se o retábulo em pedra da capela-mor, atribuído à oficina coimbrã de João de Ruão, com 110 figuras retratando a vida de Cristo. 



Abóbada da Capela-Mor








Retábulo da Capela-Mor



(Fonte) As imagens apresentadas, referentes ao interior da Sé Catedral da Guarda, foram retiradas do seguinte endereço eletrónico: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=335133&page=6, em 5 de novembro de 2016, às 20:15. 









II. Igreja da Misericórdia 



Erguida sobre os escombros da antiga catedral (no reinado de D. Sancho II foi construída uma segunda Sé Catedral que mais tarde foi destruída) e localizada nos arrabaldes da cidade medieval, alguns autores defendem que a Igreja da Misericórdia teria sido construída no século XVI, de acordo com a datação das lápides sepulcrais existentes no seu interior. 



Fachada barroco-Joanina da Igreja da Misericórdia (séc. XVIII)




(Fonte) Imagem retirada do seguinte endereço eletrónico: 
https://pt.pinterest.com/armindacabral/lugares-de-culto/,  em 16 de novembro de 2016, às 11 horas. 



Completamente restaurada no reinado de D. João V, o edifício que hoje podemos admirar remonta ao século XVIII. 

Ostenta uma fachada barroca-joanino com duas torres sineiras de cúpulas piramidais adossadas ao corpo principal, fachada com frontão, friso e nicho, no qual foi colocado uma imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.  Destaca-se sobre a porta de entrada de Destaca-se sobre a porta de entrada de arco abatido o brasão de D. João V.





Nave da Igreja da Misericórdia


A Igreja, de nave única com cobertura em abóbada de madeira é animada pela talha barroca-joanino dos altares, retábulos e púlpitos. São de salientar ainda no interior as tribunas rasgadas na parede por três arcos abatidos, colocadas ao nível do coro alto e destinadas aos membros da confraria.
    Na capela-mor, o altar é dedicado a Nossa Senhora da Consolação. Nos dias de hoje, para além da igreja, funciona aqui um jardim de infância. 


Altar da Capela-Mor



(Fonte) Imagens do interior da Igreja da Misericórdia retiradas do seguinte endereço eletrónico: https://www.flickr.com/photos/vitor107/8064162238,   em 16 de novembro de 2016, às 11 horas.









Sabugal 








A ocupação humana neste concelho é remota, havendo indícios de ocupação pré-histórica, a partir do Neolítico, sendo também numerosos os vestígios da Idade do Bronze e do Ferro.


A povoação de Sabugal ocupa um esporão natural onde provavelmente existiu um castro na Idade do Bronze, posteriormente ocupado de forma militarmente planeada pelos romanos - no final do século I, através da força dos seus exércitos. São conhecidas numerosas estações arqueológicas da Época Clássica pelo Alto Côa, nas quais se encontraram inscrições, grande quantidade de epígrafes vitivas e funerárias que revelam uma significativa aculturação romana da população indígena local. 


Desde cedo o Sabugal foi palco de diversos conflitos e batalhas, envolvidos por diversas fortificações defensivas como, até hoje, testemunha a Rota dos Cinco Castelos do concelho de Sabugal que nos faz viajar no tempo até à formação de Portugal.







(Fonte) Imagem retirada do seguinte endereço eletrónico: 
http://rotados5castelos.cm-sabugal.pt/, no dia 16 de novembro, às 23 horas.



 A Idade Média foi um período conturbado para a região: à época da Reconquista cristã da Península Ibérica, as terras do Sabugal foram inicialmente conquistadas por D. Afonso Henriques  em 1160, vindo a ser perdidas pouco tempo depois para Afonso IX do reino de Leão. Voltou a ser reconquistado ao reino de Leão por D. Dinis, recebendo Carta de Foral em 1296. Um ano depois a coroa portuguesa fica com a posse legítima e perpétua de todas as terras de Riba-Côa, através da assinatura do Tratado de Alcanizes (1297) entre D. Dinis e D. Fernando de Leão e Castela, sendo criado um novo limite transfronteiriço que, praticamente, se manterá até hoje.

Testemunho de tempos conturbados são os cinco castelos envolventes, pertencentes ao município de Sabugal: Alfaiates, Vilar Maior, Sabugal, Vilar do Touro e Sortelha. 





Cinco Castelos de Sabugal 




(Fonte) Elaboração própria.



Houve durante a Guerras de restauração contra Espanha (1640-1668), uma grande repercussão político-militar nesta região que obrigou à reorganização do exército português e à construção de fortalezas até à assinatura de um tratado de paz. 


Na derradeira invasão das tropas francesas de Napoleão, ao território português, na tentativa frustrada de conquistar Lisboa, após retirada, o invasor napoleónico sofreu uma derrota causada pelas tropas luso-inglesas, na Batalha do Gravato (1811), junto ao Sabugal. 


Testemunhos de batalhas e de histórias, este castelos imponentes e fortes, durante séculos, guardavam e defendiam o seu povo, serviam de fortalezas defensivas, residências ou apenas para a função de vigia. Estes marcos incontornáveis do nosso país, escondem segredos e lendas e atraem-nos pela sua mística. Alguns em estado de degradação, processo acelerado durante as invasões francesas que muito pilharam e destruíram, os castelos merecem todo o nosso respeito e zelo. 






Roteiro 2: 


Figueira de Castelo Rodrigo e V. N. de Foz Coa


A fundação desta povoação terá pertencido aos Túrdulos cerca de 500 anos a.C., tendo posteriormente sido território dos povos árabe e romano. Deste último, encontram-se por toda a região inúmeros vestígios da sua presença e colonização.
Aldeia do antigo concelho de Castelo Rodrigo até 1836, Figueira de S. Vicente desenvolveu-se sobretudo, a partir do século XVIII, com o comércio de vinho.
Situada na margem esquerda da ribeira de Aguiar, perto do Rio Côa, esta povoação oferecia todas as condições de acessibilidade que não eram possíveis no antigo burgo, sede de concelho.
Deste modo, por decreto de 25 de Junho de 1836, a rainha D. Maria extingue a antiga sede de concelho e passa esta freguesia à categoria de vila e cabeça de concelho, adoptando o nome de Figueira de Castelo de Rodrigo para que perdurasse na memória dos povos a existência da antiga sede.
Em 1842, o código de Costa Cabral confirma-a como sede concelhia e posteriormente a reforma administrativa de Outubro de 1855 reafirma esta situação.




Retirado de:
https://www.google.pt/search?q=figueira+castelo+rodrigo&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDqpnepb3QAhXK1IMKHRFMAtwQ_AUICCgB&biw=1280&bih=635#imgrc=VsbjBm1CnvRHdM%3A
Dia 22 de Novembro de 2016, 21:35





I. Igreja Matriz


Dedicada a São Francisco, apresenta fachada de raiz tardo-maneirista com elementos e composição barroca do século XVIII e possui um interior artístico muito rico, exibindo no alto-mor, também de estilo barroco setecentista, quatro pares de colunas salomónicas que emolduram a tribuna onde repousa a imagem de S. Vicente, padroeiro da freguesia.
De relevar ainda o tecto de caixotões e o coro assente em arco abatido, considerado por alguns como um dos melhores exemplos nacionais.




Retirado de:
https://www.google.pt/search?espv=2&biw=1280&bih=635&tbm=isch&sa=1&q=igreja+matriz+figueira+castelo+rodrigo&oq=igreja+matriz+figueira+castelo+rodrigo&gs_l=img.3...2240.13891.0.14267.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.img..0.0.0.9wXHLqypguA#imgrc=_9xCkoC2Gi8m1M%3A
Dia 22 de Novembro de 2016, 21:52







II. Capela de Nossa Senhora da Conceição



Esta capela de construção simples, possui no adro duas esculturas: do lado esquerdo, a de Nossa Senhora de Fátima com os pastorinhos e do lado direito, a imagem de Nossa Senhora de Aguiar.




                             
    
 Retirado de :

https://www.google.pt/searchq=capela+de+nossa+senhora+da+concei%C3%A7%C3%A3o+figueira+castelo&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjqvLqGs73QAhUB6xoKHVC9AP8Q_AUICCgB&biw=1280&bih=635#imgrc=DJCRg5GqyAnFsM%3A
Dia 22 de Novembro de 2016, 22:00







III. Átrio do Edifício da Câmara Municipal


Aqui se encontram vários tipos de painéis de azulejos que datam de 1920 e representam cenas do quotidiano concelhio e alguns episódios e monumentos de reconhecido mérito e grandiosidade, como é o caso da Batalha de Salgadela e o Convento de Santa Maria de Aguiar.




Retirado de:
https://www.google.pt/search?q=batalha+salgadela&espv=2&biw=1280&bih=635&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi-x_ud9L7QAhWF6RQKHbTyDdcQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=%C3%81trio+do+Edif%C3%ADcio+da+C%C3%A2mara+Municipal+figueira+castelo+rodrigo&imgrc=REjIYF6LPNLvcM%3A
Dia 23 de Novembro de 2016, 12:40





IV. Chafariz dos Pretos

Assim chamada porque a água corre das caras dos homens de etnia negra que ornamentam o obelisco central.
Conta-se que foi este local palco de uma pequena "revolta" popular, quando um determinado dia alguém pensou em canalizar água para uma cooperativa.
Na altura da coberta da vala, o povo "levantou-se em pé de guerra" e, reunido pelo toque a rebate, carregados de pás e enxadas, taparam a vala que iria impedir a distribuição gratuita de água.





Retirado de:

https://www.google.pt/search?q=Chafariz+dos+Pretos&espv=2&biw=1280&bih=635&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwia5K7C-r7QAhWJWxoKHYjEB9AQ_AUIBigB#tbm=isch&q=Chafariz+dos+Pretos+figueira+castelo+rodrigo&imgrc=J3f2b9g6ideB9M%3A

Dia 23 de Novembro de 2016, 13:10




Vila Nova de Foz Côa




A norte do distrito da Guarda, toda a sua extensão geográfica é parte integrante da Região Demarcada do Douro, indiciando a forte componente agrícola que o concelho possui, com predominância das culturas de vinha, oliveira, figueira e amendoeira. Justo é pois, o título de Capital da Amendoeira, dado que a região possui uma densa mancha desta cultura.
Vila Nova de Foz Côa possui dois forais atribuídos em 1299 e 1314 por D. Dinis, fundador da vila.
A consolidação das fronteiras das terras de Riba Côa e o consequente desenvolvimento comercial promovido também pela localização privilegiada na rede viária da época proporcionaram a Vila Nova de Foz Côa um afluxo significativo de judeus, que aqui procuravam acolhimento quando fugidos quer do reino espanhol quer, mais tarde, do decreto de expulsão de D. Manuel I. Em 1514, D.Manuel I outorga-lhe novo foral e assiste-se a um período de apogeu que se renova no século XVIII com a criação da indústria de cordoaria e com o desenvolvimento da vinha no período pombalino. 



Retirado de:

https://www.google.pt/search?q=Vila+Nova+de+Foz+C%C3%B4a&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi9j5W2wb_QAhUM5GMKHet_C2QQ_AUICCgB&biw=1280&bih=679#imgrc=pzw08tCWwriA4M%3A

23 de Novembro de 2016, 18:30







I. Pelourinho



Atribuem os residentes à decoração do Pelourinho, com cordões esculpidos no granito, que estes seriam evocativos da importância desta prática artesanal.
Este possui uma moldurada e larga base que assenta em quatro degraus octógonos talhados em esquadria e constitui uma peça de escultura exuberante e grande valor ornamental. Com forma quadrangular e cerca de três metros de altura, a coluna possui a meio um anel quadrado com magníficos lavores. O ábaco repousa sobre moldura encordoada e sustenta nos seu ângulos quatro repisas circulares com molduras e sobre o tabuleiro erguem-se quatro pináculos lavrados, mas desiguais, apresentando num dos lados um brasão de armas. No centro eleva-se coruchéu que termina por esfera armilar.
Situado no Largo do Município, este pelourinho foi classificado como Monumento Nacional em Junho de 1910.
Foi a partir do reinado de D.Manuel que o concelho viveu o seu período áureo, dada a riqueza comercial e industrial que os judeus expulsos de Espanha implementaram nesta região.


Retirado de:
https://www.google.pt/search?q=Vila+Nova+de+Foz+C%C3%B4a&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi9j5W2wb_QAhUM5GMKHet_C2QQ_AUICCgB&biw=1280&bih=679#tbm=isch&q=pelourinho+Vila+Nova+de+Foz+C%C3%B4a&imgrc=CXO5emCtLXb80M%3A
23 de Novembro de 2016, 18:50





II. Igreja Matriz


Com hipotética construção no século XVI, a Igreja Matriz foi inicialmente dedicada a Nossa Senhora do Pranto e edificada a mando de D. Manuel I, no local onde poderá ter existido um templo do século XIII ou XIV, dedicado a Santa Maria.
Em 1735 são colocados os caixotões do tecto da sacristia, vindo a sofrer, 20 anos depois, sérias danificações provocadas pelo terramoto. Reedificada e ampliada, em 1757, foi saqueada pelas tropas francesas em 1810.
Em 1935, foi aqui, sob as tábuas de um altar, descoberta uma ara romana dedicada a Júpiter. Classificada em 1910 como Monumento Nacional, esta igreja de estilo manuelino apresenta elementos quinhentistas, como o portal em arco pleno com decoração manuelina e encimado por nicho com a imagem de N. Sr.ª do Pranto (século XVI) e as armas reais. De entre os elementos setecentista refere-se o tecto de caixotões e a talha retabular de estilo nacional e rococó.



Retirado de:
https://www.google.pt/search?q=igreja+matriz+vila+nova+de+foz+coa&espv=2&biw=1280&bih=635&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi66o-ny7_QAhUKsFQKHejSA1QQ_AUIBigB#imgrc=I9jFHONcKMwsVM%3A
23 de Novembro de 2016, 19:15





III. Arte rupestre no Vale do Rio Côa



Considerado Património da Humanidade, o Vale do Côa apresenta vários núcleos de gravuras atribuíveis ao Paleolítico ou a fases posteriores, representando um dos maiores santuários deste tipo de arte ao ar livre.
Dos núcleos de arte rupestre até agora descobertos, destacam-se os da Canada do Inferno, Ribeira de Piscos, e Penascosa, todos eles visitáveis através de marcação junto dos serviços do Parque Arqueológico.
Estes conjuntos situados junto às margens do rio Côa em zonas de afloramentos xistosos, apresentam gravuras datadas do Paleolítico representativas de animais existentes na época (sobretudo auroques, cavalos, cabras e veados). No núcleo de gravuras da ribeira de Piscos existe também uma figura humana da mesma época cronológica.
Do ponto de vista estético e estilístico, estas representações apresentam frequentemente uma característica rara ou mesmo desconhecida na arte parietal franco-cantábrica: a associação de mais de uma cabeça a um corpo de animal na tentativa de transmitir a ideia de movimento.
Na Canada do inferno há ainda representações religiosas e populares recentes, desenhadas entre o século XVII e os anos 50 do século XX.    

Retirado de:
https://www.google.pt/search?q=arte+rupestre+do+vale+do+c%C3%B4a&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjJj8SqhMLQAhXi7YMKHW9NCK8Q_AUICCgB&biw=1280&bih=635#imgrc=U_MCipe_U-2UKM%3A
24 de Novembro de 2016, 18:35


  


Roteiro 3 Gouveia e Manteigas








Retirado de: http://solaresebrasoes.blogspot.pt/2014/09/casa-da-torre-gouveia.html
dia 19 de novembro, 13:12








GOUVEIA


História da cidade:


A fundação de Gouveia terá sido iniciada pelos Túrdulos no século II antes de Cristo. Apesar de no século XX terem  encontrado vestígios de incineração e restos de ossadas humanas à época datados para a idade do bronze. Para além disso é uma região muito conhecida pela permanência dos lusitanos, uma tribo Celta, dai o seu nome Gauvé.

Também sentiu a presença dos Romanos e a prova são os vestígios das calçadas romanas,da ara votiva consagrada ao deus Lusitano Salquiu,entre outros vestígios.


Durante o período Medieval temos a primeira referência ao castelo de Gouveia num documento de Inocêncio II em 1135.

Durante a idade média, também é conhecida a Judiaria no bairro da Biqueira e prova disso foi a inscrição encontrada em 1967 na Rua Nova desta cidade-estado a mesma será sido a última Sinagoga construida da Península Ibérica antes do êxito Manuelino.

No século XVIII:apesar da sua história,Gouveia estará para sempre ligada ao reinado de dom José I por dois motivos: 1- o processo dos Távoras devido à ligação com a casa  Duque de Aveiro e da sua vertente económica ligada à pastorícia e transumância que viria a ser a base do desenvolvimento da industria têxtil, especialmente dos lanifícios.

Em 1873 existia 23 fábricas no concelho de Gouveia. No final do século XIX era o sexto maior centro fabril em Portugal. Por este motivo deu-se assim a primeira grande greve operária em Portugal.


A Casa das Torres, fundada no século XVI, pertence a D. Manrique da Silva, primo do primeiro Conde de Gouveia (título doado em 1625 por Filipe III). É um exemplar da arquitetura civil Manuelina, atualmente alberga os serviços do Parque Natural da Serra da Estrela. 

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