Artesanato



Roteiro 1: Guarda e Sabugal 


O artesanato regional é, antes de mais, uma resposta às necessidades das populações. Daí que possua, não raras as vezes, uma componente utilitária. Paulatinamente, o artesão vai assumindo elementos artísticos, forma de assegurar a sobrevivência numa sociedade de produtos industrializados. 


I. Cestaria

No Sabugal, ainda encontramos alguns artesãos que perpetuam a tradição, trabalhando a cestaria, tecelagem, olaria, madeira, pedra, entre outros. Na freguesia de Sortelha, ainda é comum encontrar à venda cestaria de bracejo, atividade própria da localidade caracterizada por recorrer a uma técnica muito antiga em espiral. 


Contudo, é a freguesia de Gonçalo (concelho da Guarda) que é conhecida como a capital da cestaria. Diz-se que em Gonçalo "até quem não é cesteiro sabe fazer cestos". Um conjunto de situações levou a população local a desenvolver esta arte popular, não só pela necessidade de transportar alimentos e produtos agrícolas, mas também aproveitando uma planta natural nesta zona - o vimeiro-, principalmente nas zonas mais húmidas. 






Cesteiro de vime em Gonçalo


(Fonte) Imagem retirado do seguinte endereço eletrónico: 
http://capeiaarraiana.pt/2015/02/25/pelourinhos-em-terras-de-riba-coa-35/, em 8 de novembro de 2016, às 19 horas. 




Desta atividade milenar, os gonçalenses produzem quase tudo, inventaram e conceberam cestos e outros objetos adequados não só às necessidades quotidianas dos camponeses locais, mas também para fins decorativos. Do trabalho habilidoso e diligente destes artífices resultaram cestas, cestos, cabazes, bancos, papeleiras, estantes, prateleiras, gigos para a lenha, entre outros. Uma caraterística dos cesteiros de Gonçalo é que estes costumam trabalhar sentados no chão. 




Cabaz de Vime



(Fonte) Imagem retirado do seguinte endereço eletrónico:
 http://capeiaarraiana.pt/2015/02/25/pelourinhos-em-terras-de-riba-coa-35/104-4/, em 8 de novembro de 2016, às 19 horas. 








II.Dos teares de Maçaínhas: cobertor de Papa


A produção dos cobertores de papa é um processo exigente e difícil, os teares de madeira, máquinas que parecem geringonças, teçam arte. 

O seu fabrico passa por várias fases. A lã é comprada aos pastores locais e enviada para fiação, só depois entra na fábrica já transformada em fio. Segue-se a fase de tecelagem, por um único tecelão, sendo tecida num grande tear manual de madeira  e segue depois para o pisão (máquina onde se aperta e pisa o tecido de lã, para o tornar mais macio e apertado, dando-lhe mais consistência), para lavar e feltrar.




Máquina tradicional de tear em madeira



(Fonte) Imagem retirada do seguinte endereço eletrónico: 

http://trajesdeportugal.blogspot.pt/2009_04_01_archive.html, no dia 19 de novembro às 12 horas. 


Posteriormente vai à carta (pente com dentes compridos que é utilizado para desembaraçar) para puxar o pelo. Concluída esta fase, para serem cortados e vão à  râmbula (peça de metal onde são esticados para secarem e ficarem com uma determinada medida).

O cobertor pesa, em média, três quilogramas e mede 1,70 cm de largura e 2,40 cm de comprimento, distinguindo-se dos outros cobertores pelo seu designe, por ter o pelo mais comprido, por ser áspero, mas altamente impermeável e térmico. 


O cobertor é produzido nos meses mais quentes, uma vez que a água fria do inverno é insuportável e os cobertores devem secar com bom tempo para garantir que a lã fique bem seca e mais  e direitos. 




Roteiro 2:



Figueira de Castelo Rodrigo e Vila nova de Foz Côa


I. Latoaria

Ainda se encontram alguns artesãos deste ofício, a matéria prima é a chapa zincada, o metal amarelo e a folha-deflandres. Com o auxílio de um compasso de bicos ou com o "riscador", os elementos da peça são riscados na chapa. Depois, cortam-se com a ajuda de uma tesoura apropriada. Para adquirirem a forma desejada, as peças maiores são batidas sobre a bigorna que está assente num cepo.
Aperfeiçoados, os elementos são soldados entre si. No final, retiram-se os resíduos da solda com uma raspadeira. Efectuam-se, então, os acabamentos para a peça ficar perfeita.

Retirado de:

https://www.google.pt/search?espv=2&biw=1280&bih=635&tbm=isch&sa=1&q=latoaria+castelo+rodrigo&oq=latoaria+castelo+rodrigo&gs_l=img.3...107366.111897.0.112008.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.img..0.0.0.lvmY48gGdbc#imgrc=s1LIyQ76iZX99M%3A
Dia 24 de Novembro de 2016, 20:40


II. Cadeiras

Para os assentos das cadeiras, bonitos e duradouro, usam a tábua ou o junco.
Estes materiais são cortados na ribeira e estendidos no chão, para secar. Antes de serem trabalhados, os molhos são regados para ficarem maleáveis.
Da tábua é utilizada a maçaroca, o miolo e a fibra que o emvolvem. Faz-se um nó na perna esquerda da frente da cadeira, a tábua ou o junco, "corre" em toda a volta do assento. Depois do trabalho concluído, é rematado no centro e procede-se ao "fechamento", com o auxílio de uma palheta, dando um nó na parte de baixo.


Retirado de:
https://www.google.pt/search?espv=2&biw=1280&bih=635&tbm=isch&sa=1&q=cadeira+de+junco+antiga&oq=cadeira+de+junco+antiga&gs_l=img.3...13426.17415.0.17566.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.img..0.0.0._3WtXQ5BA-4#imgdii=3BSyg9zxCZi6_M%3A%3B3BSyg9zxCZi6_M%3A%3BLrbjMZpF0pyEXM%3A&imgrc=3BSyg9zxCZi6_M%3A
Dia 24 de Novembro de 2016, 21:00




III. Ferreiro

Os ferreiros ocuparam um lugar importante na vida económica da região. Eles ajudavam os lavradores no conserto das alfaias agrícolas e dos meios de transporte, assim como na produção de portões e demais utensílios caseiros.


Retirado de:
https://www.google.pt/search?espv=2&biw=1280&bih=635&tbm=isch&sa=1&q=ferreiro+&oq=ferreiro+&gs_l=img.3...3688.5667.0.5924.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.img..0.0.0.1oACjY_1xKM#imgrc=_vCgz-da8YxJ6M%3A
Dia 24 de Novembro de 2016, 21:10







Roteiro 3: Gouveia e Manteigas 



I. Sarjas e Baetas 



II. Tesoura de Tosquia 

Artigo exclusivamente produzido pelo Sr. Mateus Filipe Miragaia, último artesão do país que faz tesouras. 










(Fonte) Imagem retirada do seguinte endereço eletrónico: 
http://commerciol.com/Tesoura-de-Tosquia, em 22 de novembro, às 20:34. 





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